O poema descabou-se.
A graça para ele
era cousa de poesia
moça de pouca sorte
para coisas que se herdam
não há escolhas
de olhos postos no espelho
reconheço-me
Nem para musa presto!
Suspiro versos velhos
enquanto os olhos na ponte
derramam-se.
Alívio,
não herdaram
assinaturas.
Deixa?
Há 12 anos
3 comentários:
"de olhos postos no espelho
reconheço-me
Nem para musa presto!"
... mal sabe ela! rs
deixando a brincadeira de lado, aquele tempo em que te lia, te ouvia e te sentia todos os dias me fazia inspiradoramente alguem melhor!
Saiba disso! Reconheço tua luz a cada linha... a cada som, a cada gesto teu imaginado por este bobo menino que sera por ti eternamente apaixonado
Saiba disso!
Entre descaberes e descabares, desinícios que não houveram, sinto-me pequeno, no fundo do espelho, espiando tua tão confusa conclusão de musa...
Saudades, só saudades...
a alfabetização da própria voz compreende uma vida toda, se descobre na escrita dos dias, não é hereditária nem cabe em testamentos.
belo texto. bjo
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